15 de setembro de 2009

Campanha Nacional por uma Cidadania Activa


Este é o folheto criado pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses, disponível  ao balcão da Câmara Municipal de Vizela, e que, julgo eu, legitima  todas as minha intervenções.
Vindo de onde vem, tenho a certeza de que não se trata de publicidade enganosa.

Mudanças de camisola

Num dos últimos post escrevia eu que não me pretendia colar a nenhum partido político. Vivi estes anos sem sentir essa necessidade e motivos não me faltam para, cada vez mais, apreciar a minha independência.
Vem isto a propósito do caso mais mediático e esdrúxulo desta pré-campanha. Que ocorre precisamente numa das freguesias mais atrasadas e esquecidas¹ deste vale de lágrimas, perdão, do vale de Vizela. Pelo menos é assim que eu a vejo mas posso estar enganado… Vejam lá que até já possui Internet Wireless em toda a freguesia. Pobres, sim mas virados para o futuro. E antecipando-se ao Choque Tecnológico prometido pelo governo…
O caso prende-se com as mudanças de camisola que agitam as principais forças em confronto. Mas aqui a originalidade reside no facto de que, pelo que ouço e leio, todos terem trocado de posição. Um autêntico jogo de cadeiras no qual as pessoas para não perderem o assento até vendem a alma ao diabo.
Não é que a D.ª Paula Lima, a arqui-inimiga do sistema, que comeu toda a gente de cebolada, usando de manhas e artimanhas para ser eleita tesoureira da Junta, e com isto quase provocou uma apoplexia ao grande chefe foi, agora, por este convidada para o cadeirão-mor. Parece que a senhora tem capacidades e mostrou obra. Embora eu não atinja o que pode uma simples e minoritária tesoureira² de uma junta de freguesia obrar – mas isso é lá com eles.
O que resulta é que ela, ou por obediência ou por ambição, lá fez a cabriola e transferiu-se de armas e bagagens (e não sei se de convicções também) para o campo dos que ganham habitualmente. Só que, os que estavam deste lado (ódio velho não cansa!) não gostaram deste passo de dança e, vai daí, dançaram também eles em sentido contrário.
E agora está tudo virado do avesso. Quem dizia mal da tesoureira, agora diz bem, e critica é o presidente da Assembleia que se mudou para o inimigo para evitar uma coabitação contra-natura. Os ex - correligionários da dita senhora vêm a público desmascarar as antigas manobras da candidata e esta, agora, é defendida por quem, até há alguns meses atrás, a atacava… e assim por diante… ou vice-versa. Que eu até já estou confuso.
Perdoem-me o estilo e o tom brejeiro com que abordei este assunto mas se não levamos isto a rir acabamos todos no manicómio. Ou vemo-nos obrigados a emigrar para um país civilizado.
Agora, temos de ser francos, uma freguesia que mantém 20 anos o Domingos Lima³ a presidente da Junta merece tudo o que lhe possa acontecer. Comparado com ele qualquer autarca parece o Marquês de Pombal.

NOTAS DE RODAPÉ (escritas depois de ter o post pronto):

  1. Valho-me de uma fonte insuspeita e mencionada no dito site: “A terra é pequena, os acessos remotos e ninguém lhe aponta muitas qualidades além da beleza natural. Mas na verdade, é uma das poucas freguesias com acesso à internet wireless disponível gratuitamente para todos os habitantes, e por toda a freguesia.”      In avenidacentral (10-07-2009)

  2. Em conversa com um tagildense, acabei por verificar o quanto estava errado (é o que faz falar de cor!) e deslindar parte do mistério. Aliás, basta uma simples visita ao site da Junta de Freguesia de Tagilde para descobrir que, afinal, a D.ª Paula Lima é o "homem forte" do actual executivo tagildense. Assim se depreende da leitura dos recortes de imprensa laboriosamente reunidos e aí incorporados. Pela dita senhora, presume-se.Vai no caminho certo, ainda acaba Ministra da Propaganda…

  3. Tenho o Sr. Domingos Lima, que conheço há vários anos, por excelente pessoa. E não é isso que eu  ponho em causa no artigo…
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Um empate lamentável

Ao contrário do editorial do DDV que dá empate, logo 1 ponto para cada lado, no estranho jogo que opõe o FC Vizela à Autarquia, eu, no meu entendimento (e não sou comentador desportivo nem jornalista) acho o resultado enganador. Penso que esta birra, de que a marcação das assembleias para a mesma hora é um mero reflexo, vai saldar-se com uma derrota para ambos. Isto, se não se alterarem as posições e se não houver uma mudança radical e rápida de atitude das duas partes.

Um jogo (neste caso, uma espécie de braço de ferro) demasiado longo acaba por cansar, não só os intervenientes, mas também quem assiste. E damos por nós, enquanto público, a desistir de torcer pelos nossa cores e a desejar apenas que acabe para podermos ir à nossa vida.
Está mais que na hora de as pessoas se decidirem e se definirem.
Um tabu deve durar o tempo estritamente necessário para que dele se extraia algo de proveitoso. Quando se prolonga demasiado é óbvio que nada de bom sairá dessa indecisão até porque o próprio tempo acaba por deteriorar a situação e retirar-lhe qualquer vantagem entretanto conseguida.
Já não se trata de saber quem tem culpa (embora eu ache que se devem apurar as responsabilidades) ou de quem irá sair airosamente desta situação. Neste momento a prioridade tem que ser outra – salvar o Clube.
Se realmente o vosso amor ao clube é tão grande como apregoam isso deve ser suficiente para porem de lado as divergências, esquecerem os melindres e meterem mãos à obra. O FCV é um doente a precisar de uma intervenção urgente e profunda. O diagnóstico é claro, portanto, senhores doutores deste ramo da medicina cá da terra, apliquem o tratamento. De choque, que é bem preciso!

Ontem fui ver o FCV a Aveiro. E não sei se estarei a presumir demasiado mas a conclusão que tirei foi que se trata de um grupo triste, que joga qb para não sair humilhado, mas ao qual falta a chama que é o que transforma o jogo numa festa e é um regalo para quem joga e para quem assiste. E que só um ambiente estável é capaz de proporcionar.

NOTA DE RODAPÉ – Também eu tenho uma teoria acerca do desaparecimento do "computador - cérebro" da secretaria do FCV. Não a publico porque, como mera teoria que é, carece de confirmação e eu nem tenho provas para a sustentar nem os meios necessários para a sua comprovação. Mas reafirmo a minha disponibilidade, tanto neste como noutros assuntos, para contribuir, dentro das minhas possibilidades, para o apuramento da verdade e a devida identificação dos responsáveis.
Assim sendo, ponho-me à disposição de quem o pretenda, inclusive das autoridades, para os esclarecimentos que acharem necessários.